terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Prêmio de Jornalismo

Entre mortos e feridos... Salvaram-se poucos
1º Prêmio de Jornalismo do Ministério Público do Acre pecou pela inexperiência

Quem foi ao Teatro Plácido de Castro na noite desta terça-feira, 14, acompanhar a entrega dos prêmios aos melhores jornalistas, segundo o MPE/AC, pôde acompanhar um grande espetáculo, isso não se pode negar.

Não é novidade que os jornalistas acrianos são (ou se acham) verdadeiros artistas. Pois foi assim mesmo que começou a cerimônia. Vários profissionais da imprensa emprestaram ao evento seus talentos artísticos, cantando, dançando, atuando e declamando. Alguns realmente com veia artística. Um musical digno de Broadway. Causando admiração até no convidado da noite, que poderia ser tido como "estrela global".

A platéia no entanto deixou a desejar. Parece que quem assistia, estava ali por obrigação. É frenquente em eventos nestes moldes, aqui no Acre, as pessoas parecem ter vergonha ou apenas preguiça de interagir com o show. Porém, cabe a organização do evento fazer sua parte, podendo utilizar-se do que chamam por aí de "animador de festas". Que seja apenas alguém para puxar as palmas, ou aplaudir de pé quando chegar certo momento.

Quanto aos apresentadores, que foram os mesmos "artistas" do início, se mostraram muito bem ensaiados. Entradas sincronizadas, textos bem definidos e até algumas piadinhas. Mas todos que entravam no palco queriam dar e receber cumprimentos do público. O que causava certo constragimento quando não havia retorno ao 'boa noite'. Geralmente quando se há dois apresentadores, eles interagem entre si, para que não haja esse contato exagerado e cansativo com a platéia. Caso contrário, quando quem está assitindo não responde ao contato fica parecendo certa má vontade.

Os organizadores poderiam, também, ter feito um ensaio com os anunciantes do prêmio, ao menos avisado, como disse uma colega que "não sabia que ela seria quem ia anunciar e entregar o troféu ao vencedor". Outros também mostravam a mesmo surpresa. Como se não soubessem o porquê de estarem lá. O que resultou numa entrega de troféus quase ríspida e sem graça.

Ponto negativo para a equipe técnica, e põe negativo nisso. Poupando o iluminador, que geralmente é um profissional da área, os outros recursos foram muito mal utilizados. Cair num erro tentando consentar outro é um erro pior ainda. Quem trabalha com projetor de imagens e computador não pode ser tão despreparado. Seja para lançar um vídeo, uma imagem ou apenas retornar ao logotipo, era como se houvesse uma criança no manuseio dos aparelhos. O som também foi executado e encerrado várias vezes em momentos errados.

Pra não dizer que foram só espinhos, o evento contou com uma elegância digna de um prêmio. O convidado foi escolhido com maestria, pois veio acrescentar muito ao intelecto jornalístico do estado. Houve ainda um coquetel com petiscos, sucos e refrigerantes. Louvável a decisão de não incluir bebida alcoólica.

Um prêmio que tem tudo para consolidar-se no calendário da imprensa acriana. Por ser dado pelo Ministério Público, um órgão tão respeitado e com missão de cidadania, estimula o aperfeiçoamento do trabalho do jornalista.

No próximo post os ganhadores do Prêmio.

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